21.6.12

A árvore e o homem

A árvore caída e o homem, que reflete sobre a queda da árvore.

Numa típica tarde chuvosa em Belfast, depois de uma longa caminhada, o homem depara-se com uma imensa árvore tombada ao chão. Morrera de velha? De tristeza? Seu comprido tronco cinza parecia o longo pescoço de um animal jurássico; sua pose, a de uma dama estirada no chão a espera de uma mão gentil. O apodrecimento, o fim e a inevitável semelhança das coisas mais dissemelhantes.

18.6.12

Puddles, a wee boy, and the Titanic Museum

A wee boy plays in the puddles in front of the Titanic Museum. No matter how opulent that building is, the wee boy seems much more entertained by the outcomes of the rain that's pissed down for a week... What's with children and puddles anyway? Down with buying expensive toys, just give 'em a pair of wellingtons, and they're sorted.

13.6.12

Fair Head

Fair Head, 10 June 2012.

Don't fool yourself. As picturesque and peaceful as it looks, those guys are perched on top of a 180m high cliff. The tip of land on the horizon is Scotland, most probably Southend.

11.6.12

The Bishop's Library


The Bishop's Library in Castlerock, Northern Ireland. Picture taken in May, 2012.

What an exquisite location for a private library.

27.3.12

A partida

E voltou para a sua amada e saudosa terra depois de dois meses de muitas reflexões durante o fim do inverno irlandês. Foi e deixou para trás uma filha que mal podia caminhar pela cidade de Belfast sem derramar uma lágrima porque a via, naquele lindo dia ensolarado, nas ruas, nos parques, nas pessoas que observava em sua caminhada. Ficar só era tão incômodo e tão revelador. Era quando as lembranças vinham pungentes e decisivas.

Ao chegar casa, a ausência fez-se enorme e pesadamente presente. A risada não estava mais lá, a preguicinha tão almejada depois da labuta acumulada, o beijo e o abraço de reencontro e como-foi-o-seu-dia, o desabafo, o cozinhar juntas ou, quem sabe, ir ao mercado porque faltou alguma coisa para completar a janta.

E escrever, mesmo que só um pouco, alivia-me o peito. Faz-me pensar que, ao contrário do ditado que diz que é a ausência que torna o coração mais afeiçoado, são a presença e a experiência compartilhada que tornam o adeus tão torturante.

Apego-desapego, apego-desapego. Esse é o nome do jogo.