12.1.10

Com candura

Hoje terminei de ler Cândido do Voltaire. Recomendo-o a toda a humanidade. Penso que é um livro para ser relido de tempos em tempos. Não vou citar nenhum trecho pomposo para propagandea-lo. Cândido tem de ser apreciado de acordo com o "como" do desencadeamento dos eventos e as relações ou não-relações entre eles. Cândido pode parecer (e é, em diversas instâncias) singelo, como de fato se comporta o protagonista eponímico, mas existe nessa singeleza a aguda observação dos comportamentos humanos. Essa singeleza revela uma teia suficientemente complexa para envolver o leitor mais dostoieviskiano. Quem me dera ter mais candura.

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